sábado, 15 de junho de 2013

Há já muito tempo que não publicamos nada no "querido blogue". 
Muitos afazeres e preocupações várias têm-nos consumido o tempo e também a inspiração. E apesar dos apesares, a primavera sempre trás consigo uma aragem que remove os bolores da alma. 
Olhamos à volta e a natureza parece querer dizer-nos que o inverno já lá vai e que se ela nos impôs essa tormenta é para que reparemos nela retribuindo com alguma acção nem que seja um genuíno agradecimento.
E foi a "papoila ou papoula" que nos inspirou desta feita. Optámos pela primeira versão e chamamos-lhe "Papoila" é mais alegre, de dicção menos pesada e mais feminina, fica bem com Maria.
Noutras paragens, mais, muito mais para oriente, ela de outra roupagem vestida, põe os homens de joelhos, fá-los dependerem dela até à morte, provoca guerras, enriquece gente sem escrúpulos que maltrata tudo e todos e numa aparente vingança pela profanação do seu pólen  mantém-se viva e protegida e só ela e os astros sabem quantos e quais são os que, mais ou menos disfarçadamente, se proclamam de poderosos e sem ela nada seriam.
Aqui, talvez porque quisesse transmitir outra mensagem, linda, brilhante, resistente apesar da frágil aparência, a sua extravagante beleza dá aos campos uma decoração única. Aos homens apenas dá cor por instantes ao raminho do dia do "Pão por Deus" e logo se deixa morrer não valendo a pena dar-lhe água porque o que ela queria era a dignidade de viver no seu ambiente natural. Orgulhosa e determinada a "Papoila" é afinal uma mensagem, a de que só somos felizes, lindos e radiosos no chão que escolhemos e não para onde nos forçaram a ir. Assim, mensageira da dignidade, a Papoila só quer que a deixem viver, ao vento, à tardia chuva da primavera que ela, quando entender, dará lugar a outros cultivos com a promessa que regressará logo que os campos fiquem livres para ela se impor à teimosia do homem que nunca a domará.

A foto que juntamos foi tirada ontem no terreno onde uma senhora com nome de uma (também) linda flor e o seu marido, se entretêm a cultivar isto e aquilo e que nós também acabamos por consumir pela sua gentileza que muito apreciamos.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Frango Estufado com Pimentos e Mel


Hoje fomos surpreendidos pela visita de uns amigos enquanto fazíamos a limpeza e arrumação dos quartos. Atrapalhados pela necessidade imperiosa de terminarmos a nossa tarefa e a muito grande vontade de bem receber esses amigos vimo-nos forçados a arranjar uma solução – se vocês derem uma ajuda despachamo-nos mais depressa e logo que terminarmos fazemos uma almoçarada e pomos a escrita em dia, que tal? – dois minutos depois os nossos amigos de esfregona em punho e outros instrumentos de tortura doméstica trabalhavam arduamente… uma hora e picos mais tarde sabíamos que os nossos hóspedes podiam regressar que tudo estava em ordem; e o almoço? Nós e os nossos amigos merecíamos repor as energias…
Um bom bocado antes tínhamos já pensado cozinhar um frango que nos havia sido oferecido e que sabíamos ser verdadeiramente do campo… juntámos a uns “pimentos padrão” que descansavam no frigorifico tomate e cebola que o Sr. Ramiro a 50 metros de nossa casa cultiva com métodos rigorosamente biológicos e da mesma horta umas cenouras serviram de matéria-prima para a sopa… na confeção usámos mel do Sr. Joaquim daqui da aldeia… para acentuar o agridoce da refeição e suavizar o picante dos pimentos acompanhámos com um arroz de passas brancas. Ao frango juntámos ainda nozes que adquirimos o ano passado na Feira de Todos os Santos (Santo Quintino)… pomposamente batizámos o prato de “frango estufado com pimentos e mel”… não é que estava bom e como não sobrou nada vão ter que ficar com a nossa palavra…
À sobremesa deliciámos-nos com uma melancia também do Sr. Ramiro. 
Sabemos que esses nossos amigos não vinham para trabalhar mas se eles quiserem voltar amanhã agradecemos – é que é uma grande ajuda – e para o almoço logo nos inspiraremos!...

(quem quiser a receita é só pedir que nós enviamos)

   

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A foto que serviu para capa no Facebook



Novidades... na net

Mais uma vez estivemos algum tempo sem dar noticias mas foi por uma boa causa... depois explicamos... mas entretanto informamos os nossos muito prezados leitores que já "pusemos no ar" o nosso site feito pelo nosso futuro engenheiro Gustavo, traduzido para inglês e francês pela nossa (já) doutora tradutora Carolina que logo que possa traduzirá para castelhano e assim facilitar a leitura aos nuestros hermanos que apesar daquela maldadezinha nos futebóis também serão bem-vindos.

Como já tínhamos afirmado anteriormente as potencialidades da nova geração descendente dos membros da irmandade são muito promissoras e sabendo disso tratámos de as aproveitar.
Assim se quiserem vão: www.casadecampomoinhosdagozundeira.com


E já agora podem consultar a nossa página no Facebook... e no Twitter... e aparecer para beber um café que muito nos honraria a vossa visita. Aproveitavam para verificar que a zona do Sobral de Monte Agraço é de facto muito agradável de visitar... cá vos esperamos!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Finalmente... Obra!


Finalmente! Reunidos uns amigos do Francisco, armados de martelos, escopros e tudo mais que viesse à mão, iniciámos removendo o estuque que teimosamente se agarrava às paredes. Toneladas de entulho começaram a juntar-se dando logo o mote... a coisa não ia ser fácil...
Nesta foto pode ver-se o telhado constituído por madeiras provavelmente vinháticas que apesar da idade (125 anos) encontravam-se, e encontram-se, em excelente estado de conservação e também as telhas de estilo francês, curiosamente datadas com inscrições de 1887 e 1888. Este património seria totalmente recuperado e preservado.

domingo, 13 de maio de 2012

Maqueta 3/3


Munidos dos materiais necessários lançámo-nos numa pequena aventura – fazer uma maqueta – que nos desculpem os profissionais da área, não estará uma obra-prima mas cumpriu bem o objetivo. Afinal o que queríamos era interpretar sem margem para dúvidas as ideias do “irmão arquiteto”. E resultou muito bem, à escala como manda o figurino, serviu para percebermos e fazer perceber aos intervenientes na execução o que se pretendia.
Tirando o telhado é possível ver o andar superior e uma vez retirado este, fica visível o piso térreo. Pena que não fosse só insuflar a maqueta e tudo ficaria pronto. Noutras áreas, de interesse lúdico discutível, parece já ter sido tentada essa receita e o sucesso não foi consensual. Como diz o publicitário… não é a mesma coisa!
Brincadeiras à parte a nossa maqueta foi uma ferramenta importante em muitas fases da obra.