Casámos em Dezembro de 2001 e mantivémo-nos num apartamento de Algés que todos consideravam bem localizado. Perto disto, perto daquilo, diziam. Achávamos então que habitar ali era, na altura, uma opção razoável. Quando os fins-de-semana se aproximavam e era altura de reunir a familia ao estilo "os teus, os meus e os nossos" tudo se complicava... a atrapalhação causada pela necessidade de bem receber as crianças que periodicamente iriam conviver com a recém-formada familia, apaziguando as emoções dos que recebiam, a enervação trazida pela dificuldade de atravessar a cidade misturada com a longa espera pelo jantar que parecia não chegar, a curiosidade das crianças em descobrir os cantos à casa tornavam, semana sim semana não, as sextas-feiras dias de enorme ansiedade e alegria.
Cansados de tantas emoções chegava a hora de descansar e como as idades das crianças não obrigavam a separações podiam todos ficar no mesmo quarto, deixando na sala o que as forças já não permitiam arrumar. Mochilas, livros, brinquedos, um ou outro sapato, ali jaziam até ao dia seguinte quando as forças, já recompostas, lhes encontrariam destino mais apropriado.
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