Em vão procurámos ser correspondidos às inúmeras tentativas de contacto com o número de telefone que a "imobiliária" anunciava. Mas já estávamos em campo e restava-nos usar os conhecimentos adquiridos de prospecção comercial, mistura de intuição com aventura, e lá fomos perguntando aqui e acolá quem conhecia um terreno ou uma pequena casa para venda.
Nesse primeiro fim-de-semana deste trabalho sem a companhia da mãe que por dever profissional não nos pode acompanhar, o Kiko, o mais novo da família, que conseguindo falar horas a fio carinhosamente comparávamos ao animalzinho de orelhas grandes do filme Shrek, não deixou que o cansaço da jornada nos afastasse do objectivo.
O contacto com este e aquele permitiu-nos não só conhecer a zona como perceber que a atitude das gentes daqui era bem diferente daquela que constatávamos trinta e poucos quilómetros a sul. Pessoas simpáticas, em maioria bem humoradas, prestáveis e que iniciam o diálogo com o desconhecido com um cumprimento adequado à hora do dia. Aqui já tínhamos a certeza que o destino, o que quer que seja, nos tinha colocado na rota certa e que a partir de agora era navegar de olhos bem abertos para que a intuição nos mostrasse onde lançar a âncora.
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