Mais uma vez orientados para oeste, rumámos a Sobral de Monte Agraço onde tínhamos experimentado a boa sensação do espaço livre, paisagens verdes, pouco trânsito e como já se referiu, boas pessoas. Claro que, como ponto de partida, uma condição intransponível estava subjacente a tudo isto - a distância - tinha de ser relativamente fácil de percorrer não só pelos compromissos profissionais mas também pela parte da família que, de quinze em quinze dias, ansiosamente esperávamos ver reunida e que afinal estava também na origem de todas as decisões.
A pesquisa começou bem cedo sem contudo ter sido muito animadora pelos desencontros que o fim-de-semana causa e porque a Feira Mensal coincidiu com a nossa visita e deixara as pequenas aldeias despovoadas e portanto sem possibilidade de fazermos contactos. Artesanato, flores, tachos e panelas, vestuário de todos os géneros, loiças desviaram a nossa atenção e como atracção a bela da fartura que por muito desaconselhada não deixa de pertencer ao lote das tentações que, como é sabido, são as únicas situações em que não resistimos.
Perdida que estava a manhã para o nosso propósito, resolvemos almoçar. Ao acaso escolhemos um restaurante que por ser central nos pareceu bom para sentir o ambiente. Compensados com um delicioso bife, verificámos a calmaria das gentes e apesar de ainda forasteiros, sentimos uma enorme vontade de ali ficar desfrutando daquele atendimento tão gentil, tão diferente... a sensação era de que estávamos muito longe e afinal menos de 40 quilómetros nos separavam da casa que, apesar de ter sido cúmplice em momentos de muita felicidade, já tínhamos sentenciado à condição de boa recordação.
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