Verão de 2002
Iniciámos a obra e por paradoxal que pareça a primeira fase foi a demolição de partes da casa e de um telheiro que além de não ser original impedia a entrada de luz. As duas casas eram em grande parte ocupadas por zonas de produção de aguardente. Algumas descrições dos mais antigos relatam que a destilação era feita num enorme alambique em cobre que se encontrava onde hoje é a nossa cozinha. O armazenamento do mosto era feito em cubas onde hoje é a nossa sala. Curioso é o facto de, talvez por premunição dos tempos modernos, a área de habitação de cinco divisões ocupava pouco mais de 40 m2. Esta evidência ainda foi constatada por nós apesar do muito mau estado em que tudo se encontrava. Aliás a enorme degradação que verificámos nas duas casas determinou que a obra começasse exactamente aí.
Do que encontrámos apenas aproveitámos as paredes de cerca de um metro de espessura e as cantarias em lioz, pedra calcária muito usada na época em estatuária e na arquitectura. Era já intenção manter toda a arquitectura exterior do conjunto preservando a traça original.
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